X é acusado de usar dados de usuários para treinar IA / Brasil produziu 6,3 mil estudos sobre IA / Controle da saúde mental por amostras de voz e outros
IA Stack desta semana:
🔷 X é acusado de usar dados de usuários para treinamento de IA
🔷 Brasil produziu 6,3 mil estudos sobre IA
🔷 Controle da saúde mental por amostras de voz
🔷 A verdadeira IA pode existir sem a colaboração humana?
🔷 A IA pode colocar em xeque a confiabilidade da ciência?
Tempo de leitura: 4 minutos
X é acusado de usar dados de usuários para treinamento de IA
Após a polêmica com a Meta, agora é a vez da rede X, de Elon Musk, se envolver com o debate sobre o uso de dados. Isso pois o X teria utilizado ilegalmente dados de mais de 60 milhões de usuários na União Europeia. O argumento de defesa do X é semelhante ao da Meta. Depois de apenas uma semana que o X concordou em parar de processar esses dados para treinar a IA Grok, a empresa foi alvo de uma série de reclamações. O grupo europeu de privacidade apresentou nove queixas contra a empresa às autoridades da Áustria, Bélgica, França, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Espanha e Polônia. O X já havia concordado em interromper o processamento entre 7 de maio e 1 de agosto, após a solicitação urgente para suspender a prática.
Brasil produziu 6,3 mil estudos sobre IA
No dia 15 de agosto de 2024, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a editora Clarivate realizaram o evento "Inovações e Tendências: Novas tecnologias, inteligência artificial e desafios da pesquisa no Brasil". Na ocasião, foi lançado o relatório "Panorama das Mudanças da Pesquisa no Brasil", com informações para a comunidade acadêmica e científica. Segundo o relatório, o País está entre as 20 nações com mais publicações sobre o tema entre 2019 e 2023. O Brasil se mantém na 13ª posição em produção de artigos científicos, com 458.370 textos publicados no período. O ranking é liderado por Estados Unidos, China e Reino Unido. O evento completo está disponível no canal oficial da CAPES.
Controle da saúde mental por amostras de voz
Agora é possível obter insights sobre o esforço mental e a aptidão cognitiva geral através da nova solução de biomarcador vocal. Essa é uma maneira de monitorar a atividade e o esforço mental usando amostras curtas de voz, analisando 8 características vocais por meio de dispositivos do dia a dia, como smartphones, para gerar uma única pontuação que fornece insights sobre o estado cognitivo. Assim, ajuda a gerenciar o bem-estar mental e a produtividade de forma eficaz, além de detectar possíveis mudanças cognitivas de forma precoce. Para isso, utiliza algoritmos avançados. Ao analisar esses biomarcadores vocais, ele gera uma pontuação que reflete o esforço cognitivo. As amostras de voz podem ser coletadas de forma passiva ou por interações guiadas, oferecendo flexibilidade no engajamento do usuário.
A verdadeira IA pode existir sem a colaboração humana?
As ferramentas generativas, a visão computacional e os modelos de linguagem avançados estão trazendo usos reais e significativos para a IA. Porém, para desbloquear todo o potencial, a colaboração humana é essencial. Para a IA alcançar seu pleno potencial, deve priorizar a transparência, o diálogo aberto e o engajamento público. A IA prospera no diálogo de disciplinas, onde os departamentos compartilham insights e conhecimentos. O maior desafio é garantir a participação de várias áreas. A colaboração internacional também desempenha um papel crucial, facilitando o acesso a conjuntos de dados especializados, enriquecendo o treinamento de modelos e alinhando padrões globais. Além disso, é fundamental harmonizar normas, abordar questões éticas e promover a inovação. Governos, empresas de tecnologia, academia e organizações da sociedade civil devem trabalhar juntos para estabelecer diretrizes éticas e regulatórias.
A IA pode colocar em xeque a confiabilidade da ciência?
O professor da USP Glauco Arbix denuncia erros em artigos científicos, os quais, cada vez mais, chamam a atenção de pesquisadores e editoras. O autor mira no problema de vícios e práticas mal-intencionadas viabilizados pela IA. E isso pode dificultar a confiabilidade da própria ciência. É preocupante o quanto as ferramentas de IA podem patrocinar uma indústria de artigos de baixa qualidade, plagiados ou falsos, sem comprovação. Cabe às universidades o dever de educar os pesquisadores, que precisam saber que tal atitude é inaceitável. O professor enfatiza: "A ciência é a trincheira da racionalidade, que é uma instituição confiável e construída ao longo, muitas vezes, de séculos”.
Obrigado pela leitura, até a próxima. 👋